WhatsApp Imobiliárias

Empresa imobiliária aposta no WhatsApp para vender imóveis

WhatsApp Imobiliárias

 

Resolver negócios através do WhatsApp tem sido a prioridade de imobiliárias na tentativa de se posicionar no mercado.

A internet permitiu a abrangência e a criação de um novo público consumidor mais observador e crítico, que exige não só encontrar as empresas virtualmente, mas que a prestação de serviços online de maneira qualificada e diferenciada.

Pensando nisso, o empreendedor Valdomiro Júnior criou em março de 2017 um atendimento online para sua imobiliária Emobi.

Mas isso não é tudo.

Ao perceber que o modelo convencional do funcionamento de empresas desse ramo já estava defasado, o corretor e proprietário do negócio decidiu proporcionar no seu próprio site a possibilidade de um atendimento entre corretor e consumidor via chat online ou Whatsapp.

A ideia é dar velocidade à informação e otimizar o tempo dos envolvidos no processo de negociação, além ser uma vantagem competitiva mais barata de se investir.

Outro diferencial de negociação oferecido por Valdomiro Júnior é a visita guiada feita por vídeos. A referência para a ideia foi observada em alguns modelos realizados em Goiânia, no qual o empresário decidiu adaptar e trazer para o mercado potiguar. Os vídeos estão disponíveis no Youtube e em breve também estarão no site da empresa.

“Decidi trazer para Natal, porque aqui as pessoas trabalham de maneira muito tradicional, ninguém utilizava filmagens para esse propósito e é um método que encurta o caminho na jornada de compra, fazendo com que o cliente não perca tempo de visitar imóveis que não tem interesse”,

Dessa maneira, com inovação, o proprietário da Emobi afirma já ter conseguido, inclusive, realizar vendas à distância para clientes de São Paulo e do Paraná através doWhatsApp, nas quais os interessados entraram em contato com a empresa, visualizaram os os imóveis disponíveis em vídeos e quando chegaram a Natal só precisaram assinar e fechar o contrato.

Valdomiro Júnior acredita que os fatores visuais são primordiais nesse ramo de negócio, pois “primeiro o consumidor compra com os olhos e depois faz a visita”, um fator que fez com que ele também optasse por investir em fotografias profissionais dos imóveis com os quais trabalha.

A qualidade das imagens, nesse cenário, pode ser responsável pela finalização ou desistência de um contrato.

 

“A Airbnb estava perdendo vendas por não ter boas fotografias até decidirem cobrar por imagens mais profissionais e assim conseguiram alavancar as vendas novamente. Então, proporcionar uma visibilidade melhor do apartamento ao cliente torna o imóvel mais atraente”.

O corretor defende que a inserção de empresas ao ambiente virtual é primordial, pois toda a jornada de compra começa na internet e aqueles que não entenderem essa tendência vão estar defasados.

“Quem não se adaptar a esse formato vai perder fatia de mercado e daqui a dois ou três anos provavelmente estará fora dele, pois o uso das tecnologias é cada vez mais recorrente e é um ciclo que não tem mais volta”

ADAPTAÇÃO É NECESSÁRIA

Valdomiro Júnior, no entanto, também entende que há um processo de adaptação das empresas, mas garante que a adoção de métodos de investimento em mídias digitais não vai acarretar numa redução de empregos, mas em uma maneira nova de entender e tratar o cliente.

“Ninguém vai substituir o fator da pessoa, por mais que faça tudo pela internet, sempre vai ter alguém na ponta final do processo para discutir a negociação, as questões burocráticas. O contato humano não vai ser substituído”.

A preocupação se o novo modelo vai ou não substituir a presença humana é pertinente principalmente ao considerar que o setor imobiliário é um dos mais afetados pela crise, então a recuperação na área passa pela discussão da geração de empregos assim como a observação do aumento no número de procura devido à baixa de juros e o incentivo a crédito.

Valdomiro Júnior também relata estar ocorrendo um momento delicado, no qual os proprietários dos imóveis não estão mais dispostos a perder dinheiro e querem vender bem, enquanto os compradores também estão em busca de descontos e preços bem mais baixos.

No entanto, o corretor afirma que é uma fase de ajuste entre os envolvidos nas negociações, mas que percebe que “a procura já aumentou nesse segundo semestre e deve haver melhorias no mercado”.

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